As altas na soja continuam na Bolsa de Chicago na sessão desta terça-feira (28), apesar de baixas que se registram no milho e no trigo. O mercado segue muito atento ao avanço conturbado da safra 2023/24 do Brasil e às previsões que voltam a sinalizar condições ainda bastante adversas para a continuidade dos trabalhos de campo nas principais regiões produtoras do país.
Segundo informa a Agrinvest Commodities, "os modelos mostram poucas chuvas para os próximos cinco dias para a parte central do Brasil e muita chuva para o Sul", cenário que, ao se confirmar, mantém atrasados os trabalhos de campo.
Além disso, ainda como afirma a consultoria, "o Mato Grosso entrou na sua fase mais importante, o enchimento de grãos. As lavouras mais adiantadas estão agora na sua fase crítica. O oeste do estado e o médio são as regiões mais adiantadas, lavouras plantadas até o dia 20 de outubro".
Atenções colocadas também sobre as safras da Argentina e do Paraguai e sob quais condições de tempo.
Ao lado das informações da oferta, a demanda também é monitorada. Também de acordo com a Agrinvest, a Sinograin continua comprando soja nos EUA. "Falam em quatro barcos ontem e mais quatro hoje. Falam ainda em dois barcos do Canadá na semana passada e dois hoje. A Argentina está ofertandoo maio, junho e julho, o que mostra que as tradings estão mais confiantes na produção", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da consultoria.
Nesta terça, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja de 123,3 mil toneladas para destinos não revelados, sendo todo o volume da safra 2023/24. O mercado especula ser a China a compradora.
Fonte: Notícias Agrícolas