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SOJA

Matéria Publicada em: 04/01/2019

CHINA VAI ÀS COMPRAS NOS EUA E ESPECULAÇÃO ANIMA CHICAGO



A volta da China ao mercado norte-americano de soja tem sido um dos principais fatores de especulação neste início de 2019 e, ao lado das perdas causadas pela seca na safra do Brasil, foi um dos fatores responsáveis pela alta de mais de 1% das cotações no

A volta da China ao mercado norte-americano de soja tem sido um dos principais fatores de especulação neste início de 2019 e, ao lado das perdas causadas pela seca na safra do Brasil, foi um dos fatores responsáveis pela alta de mais de 1% das cotações no primeiro pregão do ano na Bolsa de Chicago. 

Segundo informações apuradas pela agência internacional de notícias Bloomberg, os compradores chineses estão, de fato, atuando nos EUA, negociando, buscando informações, preços, ainda por meio de suas estatais, como a Cofco. Traders ligados às operações explicam, sem se identificar, que os volumes que estão sendo negociados estariam programados para entrega entre os meses de fevereiro e março. 

“Foi um bom início de 2019 para a soja. Ao lado desses novos cargos de soja comprados pela China nos EUA, há ainda a questão da seca no Brasil”, disse o chefe dos futuros de grãos da ED&F Man Capital Markets Inc., de Chicago, Charlie Sernatinger, à Bloomberg. 

Ainda de acordo com analistas internacionais, essa volta da nação asiática à oleaginosa americana é reflexo de uma boa evolução das negociações entre Donald Trump e Xi Jinping, que voltarão, inclusive a se encontrar este mês em Washington. Os dois países estão, afinal, no período da trégua de 90 dias da guerra comercial estabelecida no início de dezembro, após a última reunião do G20. 

“A oleaginosa abriu o ano com altas em torno de 1,3% nos principais contratos negociados
nesta quarta-feira (2). Mesmo sem confirmações por parte do governo americano, paralisado em função do impasse político nos Estados Unidos, o mercado encontrou suporte para elevações”, explica a consultoria ARC Mercosul.

E a falta destas confirmações deixam o mercado com números registrados ainda em meados do mês passado, quando vieram baixos e aquém do que esperava o mercado. Dessa forma, tudo segue ainda no campo das especulações, mas fortes especulações dadas as últimas altas dos futuros da commodity na Bolsa de Chicago. 

Outro índicio de que um acordo entre Estados Unidos e China estaria bem próximo de ser firmado e confirmado, como explica o chefe do setor de grãos da Datagro, Flávio França, são os prêmios para a soja brasileira. Entretanto, afirma que a situação ainda não foi resolvida e também exige atenção. 

“Os prêmios estão visivelmente subavaliados, precificando um acordo entre EUA e China, como se tudo estivesse resolvido lá fora, mas não está”, diz. “Eles não estão condizentes com uma condição de guerra comercial (…) mas isso ainda não é um fato consumado”, completa. 

Os novos capítulos desta disputa e do encontro previsto para os dois presidentes deverão ser os principais direcionadores dos preços a partir deste momento, como têm sido nos últimos meses, mas de forma um pouco mais intensa. Há novas informações para aparecer no cenário que podem tirar o andamento do mercado dessa estabilidade. 

Além disso, a volta das compras da China nos EUA podem ganhar mais ritmo e força no mesmo momento em que a nova safra da América do Sul chega ao mercado, e agora ainda mais competitiva, dado o volume maior, apesar das perdas pontuais causadas pela seca em alguns estados produtores do Brasil. 

“Desde o início do processo, vimos dizendo que não tinha como a China passar o ano sem comprar alguma coisa de soja americana e isso foi confirmado nas compras de 3 a 4 milhões de toneladas (no final do ano) e deve comprar mais. Mas, é evidente que a China conta com a nova safra brasileira e conta com o fato de que a safra está entrando antes”, explica França. 

A nação asiática já fez boas compras no Brasil e agora está levando essa soja para seus armazéns, finalizando seus negócios. “Hoje, os chineses não estão no mercado para compras novas. Eles vão agora receber as compras que já fizeram aqui no Brasil no final do ano”, completa o executivo. 

Assim, ele diz ainda que a necessidade chinesa não é tão urgente neste momento e se depara com um enorme estoque nos EUA e um bom volume da safra brasileira. 

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