Nas máximas em quatro anos, os futuros da soja continuam subindo na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (5) de forma bastante expressiva e com o contrato novembro já buscando os US$ 11,00 por bushel. Por volta de 7h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 12,25 e 14,50 pontos, levando o primeiro contrato a US$ 10,93 e o janeiro/21, US$ 10,98 por bushel.
O mercado sobe pela terceira sessão consecutiva e ainda traduz os fundamentos muito fortes - demanda aquecida nos EUA, oferta ajustada e clima adverso na América do Sul - e as preliminares da eleição presidencial norte-americana que mostra, ao menos por enquanto, a vantagem do democrata Joe Biden.
"A China está ativamente comprando nos EUA e ainda há uma demanda adicional do Brasil. O clima não está perfeito no Brasil e haverá um atraso considerável em função do tempo seco", afirma um trader internacional à Reuters. Nesta quinta, o mercado espera ansioso pelos novos números das vendas semanais para exportação pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), confirmando ainda mais a demanda forte no mercado norte-americano. As expectativas variam entre 800 mil e 1,7 milhão de toneladas.
"Enquanto o mundo financeiro está focado nas incertezas em relação a eleição presidencial dos EUA, as commodities agrícolas dão sequência à corrida altista", afirma Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp. Ainda segundo o especialista, "seja quem for o presidente americano, o mundo precisa comer, e com clima ameaçando a safra da América do Sul, a China com um apetite impressionante e o Brasil momentaneamente passando de maior exportador de soja no mundo para importador de soja, os altistas entendem que há justificativas para preços internacionais maiores ainda".
Fonte: Notícias Agrícolas