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Matéria Publicada em: 18/01/2023

ACUMULADOS DE ATÉ 300 MM NESTE INÍCIO DE JANEIRO BENEFICIAM CAFÉ, MAS IMPACTAM COLHEITA DA SOJA



Trabalhos de colheita da oleaginosa ainda não chegaram nem a 1% da área, de acordo com consultorias; mais chuvas são previstas na maior parte do país pelo menos até início de fevereiro.

O início de janeiro tem sido chuvoso na maior parte do Brasil. Em algumas áreas, por onde passa um corredor de umidade que se formou entre o Amazonas e o estado de São Paulo, os acumulados já atingem 300 milímetros. Essa condição tende a beneficiar culturas que estão em desenvolvimento e que serão colhidas ao longo do segundo trimestre do ano, são os casos da cana e do café.

A configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), entre os dias 4 e 9 de janeiro, foi responsável pelos grandes volumes vistos neste corredor, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). "Nos demais dias, a combinação de calor, alta umidade relativa do ar e áreas de baixa pressão em níveis médios da atmosfera também provocaram chuvas intensas", diz o instituto.

"Em boa parte do estado de São Paulo, nos primeiros quinze dias de janeiro, as chuvas já atingiram o volume do mês inteiro. E isso vem favorecendo as lavouras de cana, porque esse volume de chuva está muito bom. Só tem um porém, a nebulosidade está bastante alta também [o que impacta na fotossíntese da planta e pode limitar o crescimento]", afirma Fabio Marin, coordenador do sistema TEMPOCAMPO.

Em áreas de São Paulo, principal estado produtor de cana-de-açúcar do Brasil, as chuvas nos primeiros quinze dias do mês estão entre 100 a 250 milímetros, segundo o mapa de precipitação acumulada do Inmet (veja o mapa completo acima). A cidade de Ribeirão Preto (SP), uma das principais produtoras de cana do estado, já acumula mais de 210 mm de chuvas só neste mês que ainda nem terminou.

Em Minas Gerais, estado que domina a produção de café no Brasil, as chuvas foram ainda mais elevadas ao longo dos últimos dias, conforme o mapa de precipitação acumulada. A cidade de Patrocínio (MG), por exemplo, uma das mais tradicionais da cafeicultura no Cerrado mineiro,  já tem quase 400 mm acumulados em apenas 16 dias e ainda pode receber mais chuvas ao longo dos próximos dias.

Por outro lado, essa condição mais úmida já tem impactado a colheita da safra 2022/23 de soja do Brasil, segundo as principais consultorias. Até a última quinta-feira (12), apenas 0,6% da área cultivada de soja na temporada 2022/23 estava colhida, contra  1,2% do mesmo período do ano passado, segundo dados da AgRural. "Os trabalhos seguiram concentrados em Mato Grosso e Rondônia, nos momentos em que o tempo fechado e chuvoso permitiu", disse a consultoria.

No Sul do país, onde a colheita ainda não começou, é a irregularidade das precipitações que preocupa os produtores gaúchos. Por conta da estiagem, a AgRural cortou na semana passada a produção estimada para o Rio Grande do Sul.

A Pátria AgroNegócios aponta colheita um pouco mais avançada de soja no Brasil, em 0,85% da área, com desempenho aquém do ano anterior por conta de trabalhos mais lentos em Mato Grosso. No mesmo período, no ano passado, 1,68% da área estava colhida e a média histórica é de 1,27%. A consultoria ainda destaca que o plantio nem foi concluído no Rio Grande do Sul por conta das intempéries climáticas no estado com efeitos do La Niña.

A chuva não deve parar
O mapa estendido de previsão de precipitação da Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) mostra que as chuvas deverão seguir ao longo dos próximos dias nessas áreas que já receberam elevados acumulados de chuva, principalmente em pontos do Amazonas, assim como em São Paulo e em Minas Gerais, entre os dias 17 a 25 de janeiro.

No período de 25 de janeiro até 2 de fevereiro, as chuvas seguirão, mas avançam por mais alguns estados da região Norte do país, assim como nos estados mais centrais do país, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e até Paraná.

Fonte: Notícias Agrícolas

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