O dólar segue negociado em alta em relação ao real, ainda sob influência do avanço da moeda norte-americana no exterior, e superou novamente a faixa de R$ 3,55, com os investidores testando o nível de intervenção do Banco Central. A agenda econômica mais fraca do dia e a baixa liquidez contribuem para o movimento.
Às 14h, o dólar à vista subia 0,62%, cotado a R$ 3,5460, depois de ter subido até R$ 3,5580 (+0,96%), na cotação máxima do dia, enquanto o contrato futuro do dólar para junho avançava 0,42%, a R$ 3,5545. No exterior, o Dollar Index tinha alta de 0,2%, refletindo o otimismo em relação ao ritmo de crescimento dos Estados Unidos.
Segundo o operador de derivativos da Renascença Corretora Luís Felipe Laudísio, o mercado doméstico de câmbio segue acompanhando o movimento global do dólar, que ganha terreno frente as principais moedas. Para ele, os investidores estão experimentando níveis do dólar, a fim de atiçar o BC. "Desde a semana passada, vemos o mercado até certo ponto testando qual seria o ponto onde a autoridade monetária entraria com maior intensidade", diz, lembrando que a semana passada foi "turbulenta" para o real, mesmo com o BC ofertando maior quantidade de swaps cambiais, de modo a suavizar o movimento global de alta do dólar.
Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, o dólar está em um novo patamar em relação ao real e, dificilmente, a taxa de câmbio voltará a ficar abaixo de R$ 3,15 no curto prazo. "Se vai ficar em R$ 3,50 ou R$ 3,40 é difícil dizer, mas se trata de um novo patamar do dólar, e não de um episódio", pondera.
Fonte: Lavras Corretora