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SOJA

Matéria Publicada em: 23/11/2020

SOJA TESTA OS US$ 12 EM CHICAGO, RECUA, MAS FECHA 2ª FEIRA COM MAIS DE 10 PTS DE ALTA



O mercado da soja alcançou os US$ 12,00 por bushel nesta segunda-feira (23) na Bolsa de Chicago, mas não se sustentou no patamar e vai terminando o pregão com US$ 11,92 no janeiro e US$ 11,93 por bushel no contrato março/21.

O mercado da soja alcançou os US$ 12,00 por bushel nesta segunda-feira (23) na Bolsa de Chicago, mas não se sustentou no patamar e vai terminando o pregão com US$ 11,92 no janeiro e US$ 11,93 por bushel no contrato março/21. Os ganhos entre as posições mais negociadas ficaram entre 10,25 e 12 pontos, mas ao longo do dia foram ainda mais intensas com o mercado traduzindo os fundamentos bastante fortes deste momento.  "Essa foi a terceira tentativa, e isso quer dizer que o mercado precisa de uma força maior e, neste momento, essa força é clima (na América do Sul)", como explica o diretor do Grupo Labhoro, Ginaldo de Sousa, em entrevista ao Notícias Agrícolas. "Com um agravamento do clima, ele não vai respeitar os US$ 12,00 por bushel", completa. 

As condições climáticas no Brasil e na Argentina permanecem desfavoráveis para o desenvolvimento do plantio e das lavouras já semeadas em ambos os países. E por isso, os produtores argentinos já começam, inclusive, a paralisar novamente a semeadura da oleaginosa diante da falta de chuvas regulares no país.  Segundo Olívio Bahia, meteorologista do Inmet (Insituto Nacional de Meteorologia), além do Rio Grande do Sul, toda a parte oeste do Brasil tem alerta para temperaturas mais elevadas e baixa umidade do ar. Já há áreas produtoras da oleaginosa registrando atividades de replantio e, em alguns pontos do país, os trabalhos de campo pouco evoluem. 

Na Argentina, as chuvas também se mostram mal distribuídas, de baixos volumes e má distribuição. O plantio, como explica o consultor argentino Pablo Adreani, pode ser feito até o final de dezembro, porém, são necessárias condições climáticas mais favoráveis. Assim, ainda não é uma situação irreversível, mas que exige monitoramento. Para Adreani, a seca no Brasil e na Argentina são os principais e grande fatores para o mercado altista na Bolsa de Chicago. Há grande preocupação com a nova oferta da América do Sul na medida em que a safra dos EUA está bastante vendida e a demanda global segue crescente, principalmente por parte da China. 

Dados da Alfândega da China compilados pela Reuters Internacional dão conta de que as importações de soja em outubro foram de 8,69 milhões de toneladas, volume 41% maior se comparado ao mesmo mês de 2019. Em todo ano, as compras da nação asiática chegam a 83,214 milhões de toneladas e superam o ano passado em 18%. "Para a soja, este volume é 8% maior do que o recorde registrado em 2017", explica Karen Braun, especialista em commodities agrícolas da Reuters Internacional. 

PREÇOS NO BRASIL

No Brasil, a semana começa com ainda poucos negócios novos sendo efetivados. Apesar do dólar vir ao lado de ganhos expressivos de Chicago, os produtores seguem muito cautelosos diante de suas vendas antecipadas muito avançadas e das possibilidade de mais altas ainda a serem registradas pelo mercado. Assim, nos portos, as cotações permaneceram estáveis. A soja disponível terminou o dia com R$ 166,00 no terminal de Paranaguá e R$ 165,50 em Rio Grande. Para a safra nova, R$ 146,00 e R$ 145,00 por saca, respectivamente. O porto de Santos foi a exceção, com alta de 3,45% para a soja de junho de 2021, que terminou o dia com R$ 150,00. 

Fonte: Notícias Agrícolas

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